A técnica de espalhamento de raios X a baixo ângulo (SAXS, do inglês small angle X-ray scattering) foi descoberta na primeira metade do século XX, ela estuda a radiação espalhada pela amostra a baixo ângulo, geralmente entre 0,1° e 5°. Na difração de raios X (DRX) vemos detalhes da estrutura atômica da amostra, já no SAXS obtemos uma visão mais geral do que está sendo irradiado, como por exemplo distribuição em tamanho, tamanho médio, densidade numérica e fração em volume que as nanopartículas ocupam, isso tudo com uma excelente estatística amostral. É uma técnica amplamente utilizada na caracterização de nanopartículas, tais como soluções macromoleculares, detergentes, nanocompósitos, ligas, biopolímeros, biomateriais, filmes finos, entre outros.
Uma instrumentação para SAXS consiste em uma fonte de raios X com monocromador,
colimador, porta amostra, caminho de vácuo e um detetor de raios X, este equipamento está presente em praticamente todos os síncrotrons do mundo, mas infelizmente o tempo e dificuldade logística de submeter um projeto e se deslocar até um laboratório Síncrotron acaba afastando a técnica dos pesquisadores, assim, tem se tornado bem comum pequenos laboratórios comprarem ou desenvolverem seu próprios equipamentos para SAXS obtendo um tempo de resposta bem mais curto.
Comparado a um equipamento comercial a maior vantagem de uma instrumentação para SAXS é a versatilidade, equipamentos comprados são muito limitados a adaptações e acoplamentos de outros dispositivos, já com uma instrumentação caseira se tem liberdade para modificar o equipamento e suprir as necessidades dos pesquisadores.
Texto por: Ari Júnior
Agendamento diretamente com o Prof. Fabiano Yokaichiya
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