Analisemos uma coluna vertical de ar com secção reta de área unitária (Fig. 4.1). A massa de ar entre as alturas z e z+dz é r dz, onde r é a densidade do ar na altura z.
Fig. 4.1
A força gravitacional atuando sobre a camada de ar é gdz,
onde g é a aceleração da gravidade na altura z. Supondo
que entre a altura z+dz e a altura z a pressão varia dp, a pressão
para cima na face inferior é maior que a pressão para baixo
na face superior de uma quantidade dp. Portanto, a força vertical
resultante sobre a camada, devida ao gradiente de pressão, é
para cima e dada por -dp. O equilíbrio exige que:
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(4.3a)
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ou
(Equação hidrostática) |
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(4.3b)
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Se a pressão na altura z é p(z), temos
ou, como p=0:
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(4.4)
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Isto significa que a pressão no nível z é igual ao peso do ar que está acima deste nível na coluna vertical de seção reta com área unitária. Se a massa da atmosfera estivesse uniformemente distribuída sobre o globo, a pressão ao nível do mar (z=0) seria 1013mb (milibares) ou , que é referida como a pressão atmosférica normal.
Para saber como a pressão varia na vertical, vamos substituir r na (4.3a) usando a equação dos gases ideais (considerando que a nossa atmosfera obedeça esta lei):
onde R é a constante do gás
(para o ar seco,)
e T é a temperatura (na escala Kelvin). Então a (4.3a) fica:
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(4.5)
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,
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(4.6)
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Onde ln significa logaritmo natural ou neperiano, cuja base é o número e=2,718.
Da equação (4.6) obtém-se:
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(4.7)
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(4.8)
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(4.9)
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H é chamada a escala de altura . Se z é sucessivamente igual a 0, H, 2H, 3H,..., p(z) é igual a p(0), p(0)/e, p(0)/e2, p(0)/e3,.... Isto significa que a pressão decresce por um fator e para cada acréscimo H na altura. Se T= 288K, H= 8,5 Km.
A figura 4.2 mostra a variação da pressão da atmosfera padrão com a altitude.
Fig. 4.2
A temperatura da atmosfera geralmente varia com a altura, como vimos no Capítulo 1. Neste caso, para integrar a (4.5):
definimos uma temperatura média, ,
na camada entre z1 e z2, como:
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(4.10)
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Então a (4.6) ficaria
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(4.11)
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ou
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(4.12)
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(4.13)
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(4.14)
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Em regiões montanhosas as diferenças na pressão da
superfície de um local para outro são devidas principalmente
a diferenças de altitudes. Para isolar a parcela do campo de pressão
que é devida à passagem de sistemas de tempo, é necessário
reduzir
as pressões a um nível de referência comum, geralmente
o nível do mar. Podemos, para isso, usar a equação
hypsométrica (ou a 4.12), substituindo os índices 1 e 2 por
0 (nível do mar, com z=0) e s (superfície). Então
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(4.15a)
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donde, usando a (4.12):
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(4.15b)
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Se zs é pequeno, pode ser calculado usando-se a temperatura na superfície. Também se ,
Como esta aproximação é satisfatória se estiver em torno de poucas centenas de metros. Então a (4.15) fica
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(em mb) |
Quando zs é da ordem de 1 km ou mais há dificuldade em calcular qual seria na ausência da topografia. Na prática, usam-se correções empíricas que, contudo, não são totalmente satisfatórias para eliminação dos efeitos da topografia.
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